Terezópolis de Goiás

A História e Evolução de Terezópolis de Goiás

A história de Terezópolis de Goiás é um retrato sensível da formação do interior goiano, um município que, embora jovem em sua emancipação política, carrega consigo a memória viva de um povo determinado a transformar um pequeno núcleo rural em uma comunidade organizada, acolhedora e em constante desenvolvimento. Situada a apenas alguns quilômetros de Goiânia e Anápolis, a cidade é, ao mesmo tempo, um espelho das tradições do campo e um símbolo das novas dinâmicas econômicas que reconfiguram o Planalto Central.

As origens: entre a terra e a fé

O território onde hoje se encontra Terezópolis começou a ganhar forma entre as décadas de 1930 e 1940, período em que Goiás vivia um intenso processo de interiorização. Agricultores e criadores de gado, atraídos pela fertilidade das terras e pela abundância de pastagens naturais, instalaram-se na região, então pertencente a Goianápolis.

Esses pioneiros ergueram as primeiras casas simples, organizadas em torno de pequenas propriedades rurais, em um ambiente dominado pela vida comunitária e pela solidariedade entre vizinhos.

O primeiro nome do local foi Vila Santa Tereza, denominação que refletia a devoção religiosa característica das pequenas comunidades do interior. Não há registros oficiais sobre uma figura específica, como “Tereza de Jesus”, mas a tradição oral fala de uma família profundamente devota que construiu uma capela dedicada a Santa Tereza — gesto que teria inspirado o nome do povoado. Assim, como em tantas outras localidades goianas, a fé cristã serviu de alicerce espiritual e de referência para a organização social nascente.

Com o passar dos anos, o pequeno núcleo cresceu, impulsionado pelas rotas comerciais que ligavam o norte e o sul do estado. A BR-060, posteriormente asfaltada, consolidou-se como eixo fundamental de circulação de pessoas, bens e ideias, tornando o local um ponto de parada para viajantes e comerciantes. O caráter de entreposto, aliado à hospitalidade de seus moradores, contribuiu para que Santa Tereza deixasse de ser apenas um povoado rural e passasse a ter contornos de uma vila promissora.

Da Vila Santa Tereza à formação do distrito

Durante as décadas de 1950 e 1960, a região experimentou um crescimento gradual. As atividades agropecuárias se intensificaram — milho, feijão e mandioca eram os principais cultivos, e a criação de gado leiteiro se tornou uma base econômica importante. As famílias produziam quase tudo o que consumiam, e o excedente era vendido em Anápolis, então o maior centro de comércio regional.

A presença da capela, do armazém e da primeira escola primária deu forma ao núcleo urbano. A rua principal era o coração da vila, onde aconteciam as festas religiosas, as quermesses e as feiras de troca. As tradições rurais, como as cavalgadas e as festas do Divino Espírito Santo, começaram a consolidar uma cultura comunitária que, até hoje, marca a identidade terezopolitana.

Com o crescimento populacional e a importância econômica local, Santa Tereza foi elevada à condição de distrito de Goianápolis, recebendo posteriormente o nome de Terezópolis — termo que combina o nome da santa com o sufixo grego polis (cidade), simbolizando o desejo dos moradores de ver seu território reconhecido como cidade.

O sonho da emancipação

Nas décadas de 1980 e início dos anos 1990, os moradores começaram a se mobilizar pela autonomia político-administrativa. O sentimento de pertencimento e o desejo de decidir o próprio destino ganhavam força. Lideranças locais — agricultores, professores, comerciantes e religiosos — organizaram abaixo-assinados, audiências e comitês em prol da emancipação. Argumentavam que Terezópolis possuía população suficiente, economia estável e estrutura mínima para se tornar município independente.

Após anos de reivindicações, a vitória chegou com a Lei Estadual nº 11.704, de 29 de abril de 1992, que criou oficialmente o Município de Terezópolis de Goiás, desmembrado de Goianápolis. A instalação da prefeitura ocorreu em 1º de janeiro de 1993, data celebrada como marco da emancipação. O momento foi vivido com euforia pela população, que via na nova condição a chance de planejar seu próprio desenvolvimento.

Os primeiros anos de administração municipal foram desafiadores. Era preciso criar uma estrutura pública praticamente do zero: organizar secretarias, instalar a Câmara Municipal, construir escolas e postos de saúde. Entretanto, o entusiasmo coletivo e o espírito comunitário se mostraram mais fortes que as dificuldades. A fé e a cooperação que haviam fundado o povoado foram também as forças que consolidaram o município.

A economia e as transformações contemporâneas

Historicamente, a base econômica de Terezópolis de Goiás esteve ligada à agropecuária. A criação de gado e o cultivo de grãos marcaram o início da vida produtiva, mas, ao longo dos anos, a economia local se diversificou. A proximidade com Anápolis e Goiânia, dois polos industriais e logísticos de destaque, impulsionou o surgimento de pequenas indústrias, comércios e serviços.

Segundo dados recentes do IBGE, o setor de serviços responde por mais da metade do PIB municipal, seguido pela indústria de transformação e pela agropecuária, que, embora ainda relevante, representa cerca de 5 % da produção total. Essa transição revela o dinamismo econômico de uma cidade que soube aproveitar sua posição estratégica na Região Metropolitana de Goiânia-Anápolis.

Nos últimos anos, Terezópolis vem ganhando notoriedade por sua produção artesanal de requeijão, um patrimônio gastronômico que une tradição e identidade local. Diversas famílias mantêm a receita caseira transmitida entre gerações, preservando o sabor típico do requeijão de tacho. Em 2024, um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa de Goiás propôs reconhecer oficialmente o município como Capital Estadual do Requeijão, reforçando o orgulho cultural e o potencial turístico dessa tradição culinária.

Além da gastronomia, novos empreendimentos têm despontado na região. Um exemplo é o projeto do Espaço Gastronômico e de Lazer, voltado para o turismo rodoviário e a valorização de produtores locais. Com essas iniciativas, Terezópolis se reposiciona como um ponto de parada estratégica entre Goiânia e Anápolis, unindo sabores, cultura e hospitalidade.

O Complexo da Fazenda Santa Branca: patrimônio, natureza e futuro

Entre os projetos que consolidam o caráter inovador e sustentável de Terezópolis de Goiás, destaca-se o Complexo da Fazenda Santa Branca, uma área que combina tradição rural, produção agroecológica, preservação ambiental e iniciativas de turismo educativo. Localizado nos arredores da cidade, o complexo vem sendo estruturado como um espaço de integração entre a história agrícola da região e as novas práticas de sustentabilidade, conectando o município a debates contemporâneos sobre agroecologia, economia criativa e turismo de base comunitária.

A Fazenda Santa Branca abriga plantações de espécies nativas do Cerrado, viveiros experimentais e atividades voltadas à educação ambiental. Seu entorno preserva paisagens de rara beleza, com nascentes, matas e fauna diversificada. Ali, visitantes e estudantes participam de oficinas, trilhas interpretativas e vivências que resgatam o vínculo ancestral entre o homem e a natureza. O complexo não é apenas um espaço rural, mas um laboratório vivo de sustentabilidade, onde passado e futuro dialogam de forma harmônica.

O Instituto Cajuzinhos do Cerrado: educação e identidade ecológica

Outro protagonista dessa nova etapa do município é o Instituto Cajuzinhos do Cerrado, sediado em Terezópolis de Goiás. A instituição nasceu do desejo de promover a educação ambiental, o reflorestamento e a valorização do bioma Cerrado, atuando com crianças, jovens e comunidades locais. Suas ações incluem o plantio de espécies nativas — como o pequizeiro, o jatobá e o cajuzinho-do-Cerrado —, a criação de hortas educativas, o estímulo à coleta seletiva e a conscientização sobre os impactos das mudanças climáticas.

O Instituto também desenvolve projetos culturais e artísticos que aproximam a população de seu território, transformando o conhecimento ecológico em expressão criativa. Oficinas, mutirões e eventos comunitários realizados na cidade têm fortalecido a noção de pertencimento e responsabilidade socioambiental.

Com isso, Terezópolis reafirma sua vocação não apenas como município agrícola e acolhedor, mas como referência em educação ambiental e sustentabilidade, integrando valores ecológicos à identidade cultural local.

Cultura, fé e pertencimento

A vida cultural de Terezópolis é marcada pela combinação entre religiosidade, tradições rurais e espírito festivo. A Festa de Emancipação, realizada anualmente no fim de abril, mobiliza toda a população e atrai visitantes das cidades vizinhas. Shows, cavalgadas, feiras e rodeios tomam conta da cidade durante quatro dias de celebração, simbolizando não apenas o aniversário político do município, mas a força coletiva de seu povo.

As festas religiosas continuam sendo pilares da identidade local. A devoção à padroeira, Santa Tereza, inspira procissões e missas campais. O sincretismo cultural, típico do interior goiano, também se manifesta nas quadrilhas juninas, nas festas de colheita e nas celebrações populares que misturam fé e alegria.

Na música e nas artes, Terezópolis tem se mostrado fértil. Jovens músicos, grupos de dança e artesãos locais vêm se destacando em feiras e eventos regionais. Iniciativas culturais apoiadas por escolas e projetos comunitários reforçam a importância da arte como ferramenta de pertencimento e expressão.

Paisagem e vida cotidiana

O município se estende por uma área de pouco mais de 170 km², marcada por paisagens onduladas, cerrado preservado e pequenas propriedades rurais. O clima tropical, com verões chuvosos e invernos secos, favorece tanto a agricultura quanto o turismo de natureza. O visitante encontra em Terezópolis uma atmosfera de tranquilidade: ruas arborizadas, praças bem cuidadas e um ritmo de vida que conserva o encanto das cidades pequenas.

O cotidiano é pautado pela cordialidade. As pessoas se conhecem pelo nome, e a praça principal continua sendo o ponto de encontro, onde se conversa, se reza, se planeja o futuro. Essa dimensão humana — que tantas vezes se perde nos grandes centros — é uma das maiores riquezas simbólicas do município.

Desafios e perspectivas

Apesar de seu crescimento contínuo, Terezópolis de Goiás enfrenta desafios típicos de cidades em expansão. O aumento populacional pressiona os serviços de saúde, educação e infraestrutura. O transporte público ainda é limitado, e muitos moradores dependem de deslocamentos diários para trabalhar ou estudar em Goiânia e Anápolis.

Entretanto, o município vem investindo em planejamento urbano e desenvolvimento sustentável. Projetos de pavimentação, saneamento e iluminação pública estão em andamento, assim como políticas voltadas à geração de emprego e incentivo ao microempreendedorismo. A administração local também tem buscado integrar o município a programas estaduais de incentivo à economia criativa, especialmente nas áreas de gastronomia, artesanato e turismo rural.

O futuro de Terezópolis parece caminhar para uma síntese entre tradição e modernidade. Ao mesmo tempo em que preserva sua herança rural e religiosa, a cidade se insere em uma rede metropolitana dinâmica, com oportunidades de inovação e integração econômica. A aposta na gastronomia artesanal, no turismo de experiência e na valorização da cultura local pode transformar o município em referência regional de identidade e qualidade de vida.

Terezópolis e o espírito do interior goiano

Mais do que um ponto no mapa, Terezópolis de Goiás representa uma forma de ser goiana — a hospitalidade, a fé e o trabalho perseverante que caracterizam o interior do estado. A trajetória do município reflete a capacidade das pequenas comunidades de se reinventarem sem perder a alma.

Do antigo povoado de Santa Tereza à cidade atual, cada etapa dessa história foi marcada por esforço coletivo. Se no início a capela era o centro da vida social, hoje são as escolas, os mercados, as praças, o Complexo da Fazenda Santa Branca e o Instituto Cajuzinhos do Cerrado que cumprem esse papel de encontro, aprendizado e convivência.

A essência, porém, permanece: o senso de comunidade e o orgulho de pertencer a um lugar que cresceu com o suor, a fé e o amor pela terra.

Terezópolis é um lembrete de que o progresso verdadeiro não se mede apenas por números econômicos, mas pela capacidade de uma sociedade preservar sua identidade, solidariedade e cultura. Entre o campo e a cidade, entre o passado e o futuro, ela continua a escrever sua própria história — uma história de raízes profundas, horizontes abertos e um Cerrado que floresce em cada gesto de sua gente.

O ILAECS e o novo horizonte de Terezópolis de Goiás

Nos próximos anos, Terezópolis de Goiás se prepara para viver um novo ciclo de desenvolvimento sociocultural com a implantação e consolidação do ILAECS — Instituto Latino-Americano de Economia Criativa e Solidária. A presença do Instituto no município representa um divisor de águas: um projeto que unirá arte, educação, sustentabilidade e inovação social em uma mesma estrutura, transformando Terezópolis em um laboratório vivo da economia criativa do Cerrado.

O ILAECS nasce com o propósito de oferecer oficinas formativas itinerantes em todos os municípios goianos, mas Terezópolis será o seu centro de referência e sede institucional. Isso significa que artistas, mestres artesãos, gestores culturais e jovens aprendizes de toda a região convergirão para o município, criando um ambiente de troca constante de saberes, técnicas e experiências. O projeto prevê cursos intensivos, mostras, feiras e programas de capacitação voltados às fibras vegetais, argila, madeira, biojoias, bordado, xilogravura e design sustentável — atividades que não apenas preservam o patrimônio cultural, mas também geram renda e oportunidades para a comunidade local.

O impacto econômico será notável. Com o funcionamento do Instituto, estima-se o fortalecimento das cadeias produtivas criativas, o surgimento de novos empreendimentos solidários e a geração direta e indireta de empregos ligados ao turismo cultural, à produção artesanal e à educação. Pequenos produtores rurais e artesãos locais poderão comercializar suas obras em feiras e eventos integrados à programação do ILAECS, ampliando a visibilidade e a circulação de seus trabalhos.

No plano social, o Instituto se propõe a criar espaços de inclusão e cidadania, priorizando o envolvimento de jovens e mulheres. Oficinas gratuitas, programas de bolsas de aprendizado e a integração com escolas municipais e estaduais farão do ILAECS um agente de transformação contínua, reforçando valores de coletividade, sustentabilidade e pertencimento cultural.

Culturalmente, o Instituto consolidará Terezópolis como capital da formação criativa de Goiás. A presença constante de mestres como Mestre Fatinha de Olhos D´Água, Mestre Ivanilde, Mestre Guará, Hilda Freire, Alda Assis, Juão de Fibra, Sinomar, Adeguimar Arantes e tantos outros — nomes que representam a alma do artesanato goiano — tornará o município um referencial latino-americano de preservação de saberes tradicionais e de promoção da economia solidária.

O ILAECS dialoga diretamente com o Complexo da Fazenda Santa Branca e o Instituto Cajuzinhos do Cerrado, criando uma rede de cooperação que une natureza, arte e conhecimento. Essa sinergia transformará o território em um polo de inovação sustentável, onde o aprendizado manual se funde ao compromisso ecológico e ao desenvolvimento humano.

Assim, Terezópolis de Goiás se projeta para o futuro não apenas como um município em ascensão, mas como epicentro da economia criativa do Centro-Oeste brasileiro, um lugar onde a arte e o Cerrado caminham juntos, reafirmando que o progresso só é verdadeiro quando é também cultural, solidário e enraizado em sua gente. (AF)

Economia Criativa

Modelo de Robert Emerson Lucas Jr

Planejamento Estratégico Quinquenal do ILAECS: Uma Abordagem Lucasiana

Visão Geral para 5 Anos:

Transformar Terezópolis em um "Cluster de Capital Humano Criativo" auto-sustentável, onde o conhecimento gerado localmente eleva continuamente a produtividade, a renda e a qualidade de vida, tornando a cidade um polo de atração para talentos e investimentos na economia criativa.

Fase 1: Ano 1 - Acumulação Primária e Prova de Conceito (O "Núcleo Semente")

  • Objetivo Lucasiano: Realizar o investimento inicial crítico em capital humano básico e demonstrar, de forma tangível, que o modelo é viável. É a fase de maior custo e menor retorno imediato, mas absolutamente essencial.

  • Projetos Âncora:

    1. Núcleo de Cestaria (Projeto Demonstrativo): Como detalhado na "Análise Econômica", este é o caso escolar perfeito. Focar na parceria com o SENAR/GO (Fase 1 de Lucas) e trazer os mestres artesãos (Fase 2) para criar um núcleo produtivo de alta qualidade.

    2. Resultado Esperado: Geração de renda imediata para o primeiro grupo de artesãos e a criação de um produto concreto de valor reconhecido.

    3. Projeto Artesane-se (Capacitação em Larga Escala): Implementar o pacote de oficinas para capacitar o maior número possível de pessoas em diversas técnicas. Isso cria uma base ampla de capital humano inicial e descobre talentos.

    4. Estruturação Jurídica e de Captação: Fortalecer o ILAECS como instituição (conforme Estatuto) para acessar editais. O sucesso do Núcleo de Cestaria será a "prova de conceito" para essas captações.

  • Métrica de Sucesso: 50-100 pessoas capacitadas e gerando renda incremental; captação de primeiro edital significativo; estabelecimento do Núcleo de Cestaria como espaço produtivo.

Fase 2: Anos 2-3 - Externalidades e Formação do Cluster (O "Ciclo Virtuoso")

  • Objetivo Lucasiano: Criar um ambiente onde o conhecimento comece a se multiplicar através de externalidades positivas. Os primeiros capacitados tornam-se vetores de conhecimento para os próximos.

  • Projetos Âncora:

    1. Escalonamento do Núcleo de Cestaria: Formalizar o cluster, criar a marca "Cestaria de Terezópolis" e iniciar a participação em feiras estaduais e nacionais. O foco é na melhoria contínua da qualidade e do design (Fase 3 de Lucas).

    2. Lançamento do "Guardiões da Memória" e "Bazar ILAECS": O projeto Guardiões documenta e agrega valor cultural intangible aos produtos, enquanto o Bazar se torna o mecanismo de comercialização que captura esse valor económico. Estes projetos alimentam-se mutuamente.

    3. Início do "Programa de Empoderamento Comunitário": Identificar os talentos mais promissores das fases iniciais e conectá-los a mentores. Isso evita a "fuga de cérebros" e cria lideranças locais.

  • Métrica de Sucesso: Aumento de 100% na renda média dos artesãos do núcleo em relação ao ano 1; lançamento de pelo menos 2 novos núcleos produtivos (ex.: cerâmica, biojoias); o Bazar ILAECS torna-se ponto de referência comercial.

Fase 3: Anos 3-4 - Incorporação de Tecnologia e Mercados Sofisticados (Os "Retornos Crescentes")

  • Objetivo Lucasiano: Introduzir capital humano de alta tecnologia para agregar valor máximo aos produtos culturais, preparando-os para mercados de alto rendimento, incluindo o internacional.

  • Projetos Âncora:

    1. Lançamento da "Turma do Fundão": Este é o projeto de fronteira. Jovens capacitados em design digital, animação, RA e IA irão "embalar" os produtos físicos do ILAECS em experiências digitais únicas. Um produto de cestaria, por exemplo, poderá ter um QR code que conta a história do artesão em um curta-metragem. É a incorporação de capital humano tecnológico ao capital humano tradicional.

    2. Consolidação da Estratégia de Mercado: Participação em feiras nacionais (FNA) e primeiras incursões no mercado externo. O preço dos produtos agora refletirá não apenas a técnica, mas o design e a narrativa digital.

    3. Expansão para o Eixo Goiânia/Brasília: Usar o caso de sucesso de Terezópolis para iniciar projetos em municípios vizinhos, conforme analisado no documento de impactos regionais, criando uma rede regional de capital humano criativo.

  • Métrica de Sucesso: Primeira venda para mercado internacional; renda média dos empreendimentos apoiados atinge 3x a média municipal; a "Turma do Fundão" gera receita própria com serviços digitais.

Fase 4: Ano 5 - Sustentabilidade e Autoalimentação (O "Ecossistema Autorreforçado")

  • Objetivo Lucasiano: Alcançar um ponto em que o ecossistema criativo de Terezópolis seja autossustentável. O capital humano gerado financia a acumulação de novo capital humano. O ciclo virtuoso se perpetua.

  • Projetos Âncora:

    1. Autossustentabilidade Financeira: Os lucros do Bazar ILAECS e da prestação de serviços da Turma do Fundão cobrem uma parcela significativa dos custos operacionais do Instituto. A captação via editais se concentra em inovação e expansão, não em custeio básico.

    2. Terezópolis como Polo de Atração: A cidade não é mais um exportador líquido de talentos; ela começa a atrair jovens criativos de outras regiões ("os 3 Ts de Florida" em ação).

    3. Modelo de Franquia Social: O "modelo ILAECS" é documentado e empacotado para replicação em outras cidades, conforme esboçado no projeto da Turma do Fundão. Terezópolis se torna um centro exportador de know-how em desenvolvimento criativo local.

  • Métrica de Sucesso: O ILAECS gera mais de 50% de sua receita operacional de fontes próprias; a taxa de migração líquida de jovens de Terezópolis torna-se negativa (mais gente chegando que saindo).

Conclusão Lucasiana

O plano do ILAECS é, em essência, um blueprint para a superação prática do Paradoxo de Lucas em escala municipal. A sequência é crucial: começar com o tangível (cestaria), validar o modelo, e então escalar de forma orgânica, adicionando camadas de complexidade (tecnologia, mercados externos) à medida que o stock de capital humano local se torna mais denso e sofisticado.

A mensagem central da minha teoria é que pessoas são o maior recurso. O investimento proposto pelo ILAECS em Terezópolis não é um gasto social; é o investimento de mais alto retorno possível – um investimento no infinito potencial da mente humana. Se executado com a disciplina estratégica aqui esboçada, Terezópolis não será apenas transformada; ela se tornará um farol de como o desenvolvimento económico verdadeiro e sustentável é construído: de dentro para fora.

Atenciosamente,

Robert E. Lucas Jr. (em espírito)

Localização

O ILAECS está localizado em um espaço acessível que promove interação e troca de conhecimentos entre comunidades e empreendedores.

Endereço

Rua Umbelino Filho, Quadra 30, Lote 09, Terezópolis de Goiás/GO, 75175-000, Brasil

Horários

Segunda à Sexta - 9h às 17h

ILAECS - Instituto Latino-Americano de Economia Criativa e Solidária

contato@ilaecs.org

+55 (62) 98258-5600

Perguntas Frequentes

O que é o ILAECS?

O Instituto Latino-Americano de Economia Criativa e Solidária (ILAECS) é uma instituição dedicada ao fortalecimento de comunidades e empreendimentos criativos na América Latina.

Qual é a missão do ILAECS?

Fomentar o desenvolvimento humano, cultural e socioeconômico na América Latina por meio da Economia Criativa e Solidária. Atuamos para capacitar pessoas, fortalecer comunidades e impulsionar empreendimentos criativos e colaborativos, baseados nos princípios de sustentabilidade, equidade, inovação e valorização da diversidade cultural.

Como o ILAECS ajuda comunidades?

O Ilaecs oferece capacitação, educação e pesquisa para fortalecer ecossistemas inclusivos e promover a transformação social nas comunidades.

Quais são os valores do ILAECS?
Como posso me envolver com o ILAECS?

Você pode se envolver participando de nossos programas e eventos.

O ILAECS tem parcerias internacionais?

O Ilaecs colabora com redes internacionais para promover o impacto mensurável e o alinhamento com os ODS.

* Criatividade Radical: Acreditar no potencial inventivo das pessoas e comunidades como força motriz para a inovação social e a resolução de problemas complexos.

* Solidariedade Efetiva: Priorizar a cooperação sobre a competição, garantindo que o desenvolvimento econômico beneficie a coletividade e reduza as desigualdades.

* Diversidade como Riqueza: Valorizar e promover ativamente a pluralidade de expressões culturais, a igualdade de gênero e os saberes tradicionais.

* Integridade Inquestionável: Agir com absoluta transparência, ética e conformidade em todas as operações, gestão financeira e relacionamentos.

* Sustentabilidade Integral: Comprometer-se com práticas ambientalmente responsáveis, socialmente justas e economicamente viáveis, garantindo impacto positivo para as gerações futuras.

* Pertencimento Comunitário: Construir decisões e projetos de forma colaborativa, descentralizada e empoderadora, garantindo que as comunidades sejam agentes de sua própria transformação.

Qual é a visão do ILAECS?

Ser referência na América Latina na construção de ecossistemas de economia criativa e solidária, reconhecido por catalisar uma transformação social justa e sustentável, onde a cultura e a criatividade sejam motores de prosperidade compartilhada e de empoderamento comunitário.

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Agenda de futuros eventos

100a. Feira do Troca - Olhos D´Água - 7 e 8 de junho de 2025 - Olhos D´Água/GO

Artesões ILAECS: Alda Assis, Alex Botega, Carlos Caju, Edvanaldo, Fatinha, Filipe Camargo, Hilda Freire, João Sacerdote, Kate Flor, Mirna, Reginaldo, Rita Barbosa, Valmir Neves

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Artesãos ILAECS: Carlos Caju, Edinar Gomes, Filipe Camargo, Juliana Veiga Jardim

Feira do Cerrado - 20 de julho, 2025 - Goiânia/GO

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Feira do Cerrado - 27 de julho, 2025 - Goiânia/GO

Artesãos ILAECS: Hanilson e Elismar

Feira do Cerrado - 3 de agosto, 2025 - Goiânia/GO

Artesãos ILAECS: João Sacerdote, Mirna, Sinomar

Feira do Cerrado - 17 de agosto, 2025 - Goiânia/GO

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Feira do Cerrado - 10 de agosto, 2025 - Goiânia/GO

Artesãos ILAECS: Carlos Antônio e Dantas